Armando - A
17 december 2023
A Bahia misteriosa, cheio de quebranto e chamego, está representada fielmente no hotel Catharina Paraguaçu, no bairro boêmio, sagrado e profano, do Rio Vermelho. Surpreenda-se com mulheres robustas e negras, como saídas de um livro de Jorge Amado, saindo da cozinha com quitutes e sabores para o seu café da manhã, numa sala ornada com cerâmica vermelha muito bela, feitas sob encomenda para o local, transportando-nos para as casas de fazenda de Cachoeira ou S. Félix, trabalho artezanal de olheiros do Reconcavo baiano. Os ambientes são senhoriais, mas desprovidos da arrogância dos senhores de terra de antanho. Quadros, telas, relógios, espelhos, dão ao Hotel a nobreza e atualidade de uma decoração esmerada nos mínimos detalhes. Uma galeria de fotografias da construção-reforma com seus operários e mestres de obra é o simpático reconhecimento das habilidades da mão de obra baiana. Respiramos o interior num ilha de nostalgia encravada no centro do agitado bairro do Rio Vetmelho, do mar de Caymmi e Jorge Amado. À noite silenciosa juro que vi os cavalos e cavaleiros, pescadores e suas canoas, saveiros e malandros, o povo de Carybé, curculando no teto do senhorial casarão. Apartamentos adequados, sem os requintes que levam preços ao terreno do impraticável, mas confortáveis o suficiente para sono tranquilo e reparador com os santos da Bahia. Salve Yemanjá, Jorge e seu dragão, todos os orixás que protegem e abençoam a Bahia de Todos os Santos, que têm no Hotel Catharina Paraguaçu, um porto seguro e único.
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